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NÃO DE ESMOLA - Prefeitura apresenta ações e campanha para evitar aumento da população de rua

NÃO DE ESMOLA - Prefeitura apresenta ações e campanha para evitar aumento da população de rua

01/03/2024

Administração municipal, entidades da sociedade organizada, representantes de forças de segurança e lideranças políticas se reuniram nesta quarta-feira (28) para discutir o problema das pessoas em situação de rua (PSR’s) em Toledo. Além de trazer os dados e os serviços já promovidos pela administração municipal, o momento serviu para a apresentação de uma campanha para evitar doações de dinheiro, roupas, comida e demais auxílios, contribuindo para a permanência desses indivíduos na rua. 

O encontro aconteceu no Auditório Acary de Oliveira, na Prefeitura de Toledo, e foi aberto pelo prefeito Beto Lunitti. Durante a explanação inicial, o gestor toledano apresentou um panorama da questão. Conforme os dados da Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), atualmente Toledo possui 109 pessoas vivendo nas ruas e logradouros públicos, sendo que quase a metade possui familiares residindo no município. “São pessoas que foram se colocando nessa situação e hoje, pelos mais diversos motivos, optam por esse tipo de vivência”, disse Beto. 

Lunitti acrescentou que a melhor forma de ajudar é encaminhando essas pessoas aos serviços especializados oferecidos desde o início da atual gestão. “A administração municipal vem desenvolvendo políticas públicas voltadas a atender esta população. Primeiramente é preciso dizer que o poder público é responsável por dar solução para esta demanda. Por isso, acreditamos ser este o momento de chamarmos a comunidade para discutir e fortalecer aquilo que já está sendo feito por meio das estruturas e equipamentos que a Prefeitura tem disponibilizado”, disse.

Durante a reunião, a secretária de Assistência Social, Solange dos Santos Fidelis, disse que nem sempre o que parece ser uma ajuda realmente é. “Nós estamos trazendo para a sociedade este alerta de que se nós queremos dar dignidade para as pessoas que estão nas ruas, é pelos meios que a administração municipal está oferecendo. Quando eles recebem algum recurso, isso se torna um mecanismo para que eles permaneçam nas vias públicas. A doação de dinheiro, ou outros benefícios, não motiva a pessoa a buscar uma alternativa para sair da rua”, destacou. 

Após foi aberta uma votação onde os presentes, todos representantes de entidades, se comprometeram a aderir e orientar sobre a campanha para não doação de dinheiro ou outras ajudas. Participaram igrejas e entidades religiosas, família rotária, Clube Lions, lojas maçônicas, Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Toledo), Promotoria de Justiça, Câmara de Vereadores, Conselho Municipal de Saúde e demais agremiações. 

Como ajudar? - A melhor forma de ajudar as pessoas que pedem doações em semáforos ou vias públicas é encaminhá-la aos setores competentes da administração pública. O trabalho de abordagem e acolhimento dessas pessoas fica por conta do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS II), localizado na Rua Porto União, nº 921, no Jardim Porto Alegre. O contato em horário comercial pode ser feito pelo telefone (45) 3196-2630 e após às 18h, fins de semana e feriados pelo 153 (Guarda Municipal).

Assistência Social - Os números apresentados pela secretária da pasta, Solange dos Santos Fidelis, apontam que no ano passado 1.112 pessoas passaram pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), o que resultou em 4.225 atendimentos, sendo oferecidos 235 kits de higiene, 4.203 vales refeição para acesso aos restaurantes populares, 236 entregas de cobertores, 437 passagens rodoviárias, 3 auxílios funeral, 100 regularizações de documentação civil, 27 acessos ao Toledo é + Mobilidade e 342 encaminhamentos para a Casa de Passagem. 

Também foram feitas oito campanhas educativas sobre como prevenir o trabalho infantil, dois “Dia D” resultando em mais de 70 pessoas moradoras de rua atendidas, uma Ação do Frio abrigando 21 pessoas em noites com temperaturas abaixo dos 6 graus, além de quatro buscas ativas noturnas totalizando 46 indivíduos abordados. Esses atendimentos são resultado do trabalho das equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS - II). 

Casa de Passagem - O Serviço de Acolhimento Institucional Casa de Passagem tem como objetivo desenvolver as condições para a independência, promovendo o acesso à rede de qualificação e requalificação profissional com vistas à inclusão produtiva. Além disso, contribui para a prevenção do agravamento de situações violência, com o restabelecimento de vínculos familiares e sociais, possibilita a convivência comunitária e o acesso à rede de serviços e benefícios das políticas públicas setoriais.

Empregabilidade - Conforme os dados da Agência do Trabalhador, por meio do trabalho intersetorial com a população em situação de rua, 80 pessoas deste grupo foram encaminhados para o mercado de trabalho após as regularizações realizadas pela Smas. De acordo com a direção do setor, para acessar um emprego, é preciso documentação em dia e estabilidade, o que acontece por meio da Assistência Social, que oferece suporte para essas pessoas, como alimentação e moradia.

Saúde - Uma das preocupações maiores é com o consumo de álcool e drogas por parte das PSR’s. Segundo a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, atualmente o município oferece tratamento para as pessoas com dependência química por meio do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) “Bem Viver” Dr. Renan dos Santos Tortajada. “Qualquer pessoa que tenha problema e queira o tratamento de forma voluntária este equipamento pode fazer o acompanhamento, porém nem todos optam pelo tratamento”, disse. Em casos de pessoas em surtos, tanto por questões de drogadição quanto de outros problemas relacionados à saúde mental, a orientação é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para que esse paciente receba o tratamento adequado. 

Segurança - As forças de segurança também tem atuado junto às pessoas em situação de rua. “Sabemos que muitos estão nas vias e logradouros públicos por força de circunstâncias diversas. Nosso papel tem sido no sentido de identificar os que cometem ilícitos. Mas para isso precisamos do apoio da população, pois alguns têm cometido crimes que necessitam de representação para que medidas cabíveis sejam tomadas e as punições aconteçam”, disse o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Major Crhistian Guilherme Goldoni.

 
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